a inteireza é minha,
não é tua.
o desejo de ser toda minha é meu, não é teu.
AI DE MIM, ela me disse.
o ódio roendo o peito, bem aos poucos. É pior assim, ela continua.
Do que morrer de amor todos os dias.
A mãe é minha, não é tua. Eu avisei.
E até hoje eu luto com o meu próprio colo pra farejar quem foi que sorveu por último o leite que ela não me ofereceu.
Dói, ser mãe de mim mesma.
Dói, abrir o peito e parir a mim.
Eu choro e o consolo vem de fora.
Do vento que encosta na face e rouba de volta o que nunca foi meu.
Dor, expressão passageira. De uma permanência inconstante que nunca desvaneceu.
Fazia tempo que eu não morava nos versos, ela termina.
A última vez foi naquele outro roubo que nunca esqueceu.
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